O pai entra no quarto do filho e vê um bilhete em cima da cama.
Começa a ler o bilhete, temendo o pior:
Pai, é com grande pesar que te informo que fugi com meu novo namorado, o João, um italiano muito lindo que conheci no Algarve. Estou apaixonado por ele. Ele é muito gato, com todos aqueles ‘piercings’, tatuagens e aquela super-moto BMW que comprou há dias. Mas não é só por isso que vou com ele, é que também descobri que não gosto de mulheres e, como sei que não vais consentir com isso, decidimos fugir e ser muito felizes neste mundo. Ele quer adoptar filhos comigo, e isso é tudo o que eu sempre desejei para mim. Aprendi com ele que o charro é óptimo, uma coisa natural, que não faz mal a ninguém, e ele garante que no nosso pequeno lar não vai faltar marijuana. O João acha que eu, os nossos filhos adoptivos e os seus colegas ‘gays’ vamos viver em perfeita harmonia. Não te preocupes pai, eu já sei cuidar de mim, apesar dos meus 15 anos já tive várias experiências com outros tipos e tenho certeza que o João é o homem da minha vida. Um dia eu volto, para que tu e a mãe conheçam os nossos filhos. Um grande abraço e até algum dia. Do teu filho, com amor.
O pai quase a desmaiar, continua a ler. PS: Pai, não te assustes, é tudo mentira!!!
Estou na casa da Cátia, a nossa vizinha toda boazona. Só queria mostrar-te que existem coisas muito piores do que as minhas notas escolares, que estão na primeira gaveta.
Abraços, Teu filho, burro, mas macho!