A Catalunha tem companhia nas ambições independentista, já que, de acordo com a TSF uma associação da Andaluzia fez uma proposta que inclui a independência do Alentejo e Algarve.
A Catalunha foi a primeira a manifestar-se a favor da independência, mas não é a única.
A Assembleia Nacional da Andaluzia (Asamblea Nacional Andaluza: ANA) também acalenta um sonho independentista e expansionista, pois a sua proposta inclui o Alentejo, o Algarve e o Rife marroquino, mas que para já não passa de um plano teórico.
Em declarações à TSF garantem que não passa de “uma experiência”, de modo a demonstrar como funcionaria uma república no sul da península.
“O que queremos, os andaluzes, é proclamar a nossa independência, para a partir daí fortalecer e conseguir uma República co-federal de povos ibéricos“, declarou à TSF, Pedro Inácio Altamirano, presidente da Assembleia Nacional Andaluza.
O presidente adiantou ainda que “vamos criar uma espécie de governo da República, virtual, para que os andaluzes possam observar como se governa a Andaluzia a partir da Junta de Andaluzia e de Madrid e como se poderia governar a Andaluzia a partir de um governo de uma República”.
“Os andaluzes vão poder observar como se ditam as leis desde um lugar para outro e – obviamente que com um governo da República que é virtual e sem qualquer poder de decisão -, mas vamos poder mostrar aos andaluzes de que forma governaríamos a Andaluzia a partir de um governo federal – a partir de uma verdadeira autonomia, uma verdadeira independência da Andaluzia”, acrescentou, frisando que a iniciativa é “simbólica“.
O objectivo é levar a cabo uma experiência que demonstre como funcionaria uma república naquela região do sul da península, “perseguindo o sonho de Boas Infante”, bem como os seus “pensamentos filosóficos”.
O mapa do novo país contempla o Algarve e o Alentejo, assim como o Rife marroquino, algo que Pedro Altamirano afirma dever-se à grande união com estes dois territórios, garantindo que no imediato, a anexação de território português não passa de um “conceito filosófico de cultura e de uma relação de irmandade. Ressalva que “o ideal seria que num futuro, numa Europa dos povos, esta identidade que nos une seja reconhecida”.
“Quem sabe se o que se passa na Catalunha não acelera a reforma constitucional e essa reforma política, necessária com urgência no Estado espanhol e possamos caminhar até essa outra unidade da Península Ibérica que é a república co-federal de povos ibéricos que é o que queremos todos os povos democratas ibéricos“, conclui Pedro Inácio Altamirano.
Será que o nosso país irá alinhar nesta proposta e perder estes territórios? Vamos esperar que tudo não passe efectivamente da teoria à prática.