A partir de Agosto todos os doentes que se desloquem às urgências dos hospitais encaminhados pela linha “Saúde 24” e pelos centros de saúde passarão a ter prioridade no atendimento.
Segundo um despacho publicado hoje em Diário da República, a nova regra não coloca em causa o atendimento em função da gravidade (triagem de Manchester). Porém, em situação de igual gravidade (por exemplo duas pessoas com pulseira verde), será atendido mais rapidamente quem tiver anteriormente contactado com o sistema de saúde.
A medida insere-se num plano para reforçar a articulação entre os cuidados de saúde primários e os serviços hospitalares. “Pretende-se criar condições para reduzir o número de situações não urgentes nos Serviços de Urgência e dar uma melhor resposta nesses serviços aos efectivos episódios de urgência”, lê-se no diploma.
Até aqui já estava prevista comunicação entre serviços, nomeadamente através da “Saúde 24”, mas isso nem sempre acontecia. Muita vezes o telefonema para a linha de “Saúde 24” não tinha qualquer efeito em tempo útil, tendo o doente de repetir toda a informação já dada ao telefone à chegada ao hospital.
O diploma determina que até ao dia 31 de Julho devem ser feitas as alterações necessárias nos sistemas de informação de forma a concretizar as novas regras. As pulseiras passarão também a indicar se o doente é proveniente dos cuidados primários ou “Saúde 24”.
Fim das “falsas urgências”
No mesmo diploma o governo dá um novo passo para reduzir as chamadas “falsas urgências”, deslocações ao hospital em situações sem carácter de urgência e que recebem na triagem a pulseira branca. Este ano os serviços devem implementar medidas para garantir que estes casos não excedem 5% dos episódios nas urgências. Já a partir do próximo ano a meta passa a ser 2% e os hospitais que não melhorem os indicadores serão penalizados financeiramente.
Fonte:sol