Conhecido por prevenir alguns tipos de cancro e combater os níveis elevados de colesterol, o brócolo é um dos alimentos funcionais mais consumidos em todo o mundo. E os seus benefícios são vários.
Fibra, ácidos gordos ómega 3, fitosterol, carotenóides, vitaminas A, B, C, E e K são apenas alguns dos nutrientes presentes neste crucífero, considerado por muitas publicações especializadas como um superalimento.
Mas o brócolo tem um lado negro… ou dois…
Segundo o médico espanhol David Mariscal, as pessoas que sofrem dehipotireoidismo – quando a glândula tiroide apresenta um funcionamento anómalo e produz muito pouca quantidade de hormona tiroideia – devem evitar comer brócolos (e qualquer outro alimento crucífero, como a couve-flor, a couve e o repolho).
Em causa, lê-se no El País, está a presença de substâncias responsáveis pelo aroma e pela cor do brócolo e que possuem a capacidade de bloquear a absorção e utilização de iodo, o que impede a atividade da glândula tiróide.
Contudo, o consumo de brócolo não é, ainda, motivo de alarme. Embora o consumo deste alimento tenha levado ao desenvolvimento de hipotireoidismo em ratos, uma investigação da Universidade do Estado de Oregon (Estados Unidos) feita em pessoas concluiu que o consumo diário de 150 gramas de couve-de-Bruxelas (também um crucífero) não teve qualquer efeito adverso na função da tiróide.
Um outro lado negro do brócolo é a sua acidez. Diz uma investigação da Universidade de Dundee, no Reino Unido, que a acidez do brócolo assado é idêntica – a nível de desgaste – à dos refrigerantes, podendo danificar os dentes. A acidez é menor quando o brócolo é cozido ou colocado na sopa.
As pessoas com problemas de digestão e insuficiência renal devem controlar o consumo de brócolos e evitar ingeri-los quando ainda estão crus. O aconselhamento médico é fundamental para estas situações.
Mas são mais os aspetos positivos acerca dos brócolos do que aqueles que lhe querem tirar a boa fama.
Embora o tipo de confeção seja determinante para a ‘boa saúde’ do brócolo, além do seu elevado nível nutricional, o brócolo tem estado no centro das atenções devido ao seu poder medicinal – embora ainda controverso e a carecer de mais evidências científicas, pelo menos no que toca ao à prevenção do cancro. Uma das primeiras evidências cientificas chegou em 2007 e depois em 2011 também pela Universidade do Estado de Oregon, que tem analisado nos últimos anos o lado bom e o lado mau dos brócolos.
Em 2014, a Reuters noticiava que uma substância química encontrada nos brócolos e outros vegetais pode melhorar os sintomas comportamentais e sociais do autismo em jovens do sexo masculino.