São às dezenas os carros de luxo. A semana em que o governador do Banco de Portugal foi ao Parlamento (Novembro de 2014) prestar esclarecimentos sobre o caso BES não foi excepção.
Esta quinta-feira foi publicado o contrato de um carro no valor de quase 41 mil euros+IVA. No dia anterior, quarta-feira, tinha sido outro de quase 31 mil euros+IVA. Uns dias antes outro brinquedo de luxo. O Banco de Portugal não é uma entidade de supervisão bancária. É, cada vez mais, uma garagem luxo.
O número de automóveis está, agora, desactualizado. É que o Banco de Portugal comprou MAIS TRÊS veículos desde então. Aqui estão os contratos no valor de 31.512,20 euros, 21.264,23 euros e 37.936,60 euros.
Fonte: Má Despesa Pública.blogspot
Os portugueses estão cansados de saber que a austeridade fica à porta do Banco de Portugal (BdP), e que enquanto uns vivem à grande, outros caem na miséria.
Recentemente compraram mais uns carros de luxo, BMW´s adquiridos por esta instituição que teima em levar uma vida de rico num país de pobres.
No final de Fevereiro, o BdP lançou mais um concurso o concurso público para “aquisição de mobiliário geral” pela módica quantia de 625 mil euros.
Como é do conhecimento público e além fronteiras, as contas não são o ponto forte desta casa (basta lembrar a supervisão (-não- feita) ao BPN e BPP, por exemplo. Por isso ao chegar a Março lá, descobriram que se tinham esquecido de comprar cadeiras, e eis que lançou o respectivo concurso público no valor de 198 mil euros, em cadeiras… ah pois.
As compras são viciantes, um BMW por 30.652,37 euros e outro BMW GT por uns módicos 32.381,65 euros. Já antes do Natal tínhamos assistido à compra de oito veículos topo de gama.
Mercedes E 250 BlueEFFICIENCY Classic (38.406,48 euros);
BMW 520 d Berlina (38.763,93 euros);
Mercedez Benz E 220 CDI BlueEFFICIENCY (40.119,03 euros);
BMW 520 d Berlina (32.256,10 euros);
Mercedes 320 d Touring (40.851,22 euros);
BMW 320d EfficientDynamics Touring (32.382,11 euros);
Lexus IS300h (40.218,86 euros);
BMW 320d Touring (38.382,12 euros).
Mas a competência do Banco de Portugal merece todo o luxo.
Se o BdP não cumprir o seu dever, quais as sanções que lhe são aplicadas? (ao povo já sabemos as sanções que se aplicam quando o BdP não fiscaliza como deve ser – o povo paga)”
Compete especialmente ao Banco de Portugal “velar pela estabilidade do sistema financeiro nacional,(…) Assim, o Banco exerce a supervisão prudencial das instituições de crédito, das sociedades financeiras e das instituições de pagamento.
O Banco de Portugal exerce também a supervisão da actuação das instituições na relação com os seus clientes – supervisão comportamental. Neste âmbito, o Banco de Portugal intervém no domínio da oferta de produtos e serviços financeiros – para que as instituições actuem com diligência, neutralidade, lealdade, discrição e respeito no relacionamento com os clientes – e também ao nível da procura de produtos e serviços – estimulando e difundindo informação junto dos clientes bancários, promovendo uma avaliação cuidada dos compromissos que estes assumem e dos riscos que tomam.
O Banco de Portugal produz estudos e análises da economia portuguesa, da economia da área do euro e do seu enquadramento internacional e dos mercados e sistemas financeiros.
NOTA: CAROS LEITORES, PEÇO DESCULPA PELOS LINKS INVÁLIDOS
Todos os links em cima estavam ligados ao site de despesas do governo, infelizmente e em nome do abuso do dinheiro público, o Governo finge que quer ser transparente criando estes sites, mas passa a vida a mudar o site para que todos os que denunciam o despesismo com exemplos e links, fiquem sem crédito e sem fontes. As coisas que deveriam ser mais credíveis e fiáveis deste país são sempre as menos credíveis e fiáveis. O site de despesas do Governo deveria manter os links sempre válidos, mas não o faz porque sabe que há várias pessoas atentas e a denunciar as despesas, por isso eles fazem questão de estar sempre a mudar tudo, quando se sabe que é possível fazer mudanças e melhorias nos sites, sem mexer nos links.
É o país do faz de conta, fazem de conta que são transparentes para ganharem pontos no rank da corrupção, mas não passa de uma farsa.
Como devem calcular é um trabalho demorado e minucioso, consultar a lista de despesas e criar os links no artigo, mas hoje dia 24/11/14 descubro que pela enésima vez os espertinhos do Governo invalidaram os links.
O regabofe é para continuar, e não desistem de nos fazer desistir de lutar.
Basta ver como trataram do caso do BPN… para percebermos que falharam e falham estranhamente, aos cidadãos, claro. O sistema financeiro do país, se tem regulador, não se nota, pois anda muito desregulado.
PAULO MORAIS DEIXA-NOS ALGUMAS PISTAS, QUE PODEM EXPLICAR A “INCOMPETÊNCIA”
Por isso ex ministros e outras elites, têm o privilégio de ter lugares à disposição neste paraíso de direitos onde os deveres são ainda desconhecidos, pelo público.
Um candidato recente…
“O magistrado que decretou a prescrição da coima de um milhão de euros aplicada pelo Banco de Portugal a Jardim Gonçalves concorreu a um lugar de chefia junto do supervisor. O juiz António da Hora apresentou a sua candidatura ao departamento que tratava das injunções e chegou a ser chamado pela supervisão bancária.
O CM falou ontem com o magistrado que explicou o assunto: “Disse-lhes que o momento não era oportuno”. Na altura (setembro de 2010) tinha-lhe sido entregue para julgamento a contestação às contraordenações aplicadas pelo Banco de Portugal aos ex-administradores do BCP, entre eles Jardim Gonçalves.
Por isso, o juiz entendeu não prosseguir com a candidatura. “Nunca assinei nada” disse ao CM, frisando que nunca mais teve contacto com o Banco de Portugal. Mais, garantiu que a sua candidatura nem chegou ao ponto de ser aceite ou rejeitada. Contactado o Banco de Portugal sobre este assunto, fonte oficial da instituição afirmou que “o banco nunca faz comentários sobre os concursos que realiza”. Correio Manhã | 19 Março 2014
Fonte: Apodrecetuga.blogspot.com