Omeprazol é a segunda “droga” mais vendida no mundo! As suas consequências são assustadoras!
Quem sofre de gastrite conhece bem esta “droga”. Mas o que não conhecem são os seus efeitos secundários que são muito preocupantes e assustadores.
É um medicamento da classe dos anti-ulcerosos, indicado para tratar esofagite de refluxo, gastrite, úlcera gástrica e úlcera duodenal. Ele também funciona como um protetor gástrico para quem vai usar medicamentos que “danificam” o estômago.
Por causa do seu poder de aliviar os dolorosos sintomas de doenças gástricas crónicas, o Omeprazol é a segunda droga mais consumida do mundo (perdendo apenas para o Paracetamol). Apesar de alguns estudos apontarem problemas ligados a deficiência de vitamina B12 e demência a longo prazo, muitos médicos continuam a prescrever e vem sendo amplamente mal utilizado por pacientes, como um recurso preventivo.
O presidente da Seção de Medicina de Família e Comunidade da Academia de Ciências Médicas de Bilbao, José Antonio Estévez lamenta que seja tão difícil a sensibilização tanto dos profissionais de saúde como dos seus pacientes, a fazer ” um uso mais racional deste fármaco”.
O surgimento do Omeprazol foi uma verdadeira revolução no tratamento de úlceras gástricas e na hérnia de hiato, que são as principais indicações. “Os resultados obtidos com o fármaco foram tão bons em todos esses anos que os médicos começaram a receitá-lo de forma abusiva como prevenção, não só para estas doenças como também para outras, como a acidez estomacal”, disse o especialista.
Preocupada com a “explosão” do uso de Omeprazol em todo o mundo, a Organização Kaiser Permanente, uma referência mundial em manejo sanitário, decidiu avaliar os riscos para a saúde do consumo a longo prazo deste fármaco. Os resultados do estudo foi publicado na Revista da Associação Médica Americana, “JAMA”.
Os resultados sugerem que a ingestão prolongada de Omeprazol provoca deficiência de vitamina B12 (cobalamina), que é fundamental para o crescimento da pessoa e essencial para o desenvolvimento normal do sistema nervoso. O que acontece é que o medicamento inibe o ácido gástrico de absorver a vitamina B12 e a sua carência favorece o aparecimento de demências, anemia e dano neurológico.
Como todos os estudos, ainda precisamos de atualização de dados e réplicas de experimentos para definir a real ligação do Omeprazol a deficiência de vitamina B12 e consequente dano neurológico. Dr. José Antonio Estévez diz que agora, os médicos têm que refletir sobre a forma mais benéfica e adequada de receitá-lo. “Em definitivo, usá-la de forma racional, como tratamento e não como terapia preventiva”, completa.
3 pings