Pessoas acima de 65 anos estão a deixar os filhos à beira de um ataque de nervos

Os mais velhos são os que mais têm resistido ao isolamento voluntário e os que mais desvalorizam o vírus que todos os dados apontam ser mais mortal na faixa etária acima dos 60.

Tudo isso deixa os filhos angustiados porque os pais acham que não há problema nenhum em ir só um bocadinho ao café ou ao pão ou jogar uma partida de cartas.

Verdade é que enquanto durar esta ameaça grave à sua vida, provada que está a taxa de letalidade do novo coronavírus em pessoas mais velhas, com sistema imunitário debilitado e comorbilidades, como diabetes, hipertensão, problemas cardíacos ou respiratórios, e por aí fora, comuns entre a população portuguesa idosa, a população mais idosa TEM de permanecer em casa.

Os filhos querem que os pais fiquem em casa e sigam os conselhos que passaram a vida toda a receber.

““Que sera, sera”, como cantava a Doris Day, dizia-me um senhor de 84 anos, enquanto lia as últimas sobre a covid-19, no jornal, à mesa do café. Os mais velhos são os que mais têm resistido ao isolamento voluntário e os que mais desvalorizam o vírus que todos os dados apontam ser mais mortal na faixa etária acima dos 60. E isso está a levar a uma inversão de papéis, com filhos angustiados porque os pais acham que não há problema nenhum em ir só um bocadinho ao café ou ao pão ou jogar uma partida de cartas.

Como eu, muitos filhos por esse país fora, têm-se debatido com a teimosia dos pais em não ficarem confinados a casa em tempo de pandemia e de covid-19. Afinal, eles são a geração que lutou pela liberdade, que vibrou com o maio de 68, em França, e o seu slogan “proibido proibir”, a quem prometeram que se se mantivessem ativos e autónomos viviam bem até aos cem e para quem a velhice é um estado de espírito, a que se recusam, e bem, a ceder. Além disso, são nossos pais e mães. Eles é que mandam em nós, não é o contrário.

Mas devia ser. Pelo menos enquanto durar esta ameaça grave à sua vida, provada que está a taxa de letalidade do novo coronavírus em pessoas mais velhas, com sistema imunitário debilitado e comorbilidades, como diabetes, hipertensão, problemas cardíacos ou respiratórios, e por aí fora, comuns entre a população portuguesa idosa.

Nós, filhos, queremos o mesmo. Fiquem em casa. Sigam os conselhos que passaram a vida toda a dar-nos. Tenham juízo.”

Fonte: DN Life


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