Pessoas que falam sozinhas não são malucas, mas sim verdadeiros génios! Está provado!

“Se eu fosse o meu suave creme de pêssego, onde estaria?”, digo eu para ninguém quando estou à procura da minha loção de banho favorita. Depois: “Aha! Aqui estás tu. Rolaste para debaixo da cama seu maluco”.

Eu falo muitas vezes sozinha. E não é só na privacidade da minha própria casa. Falo sozinha quando estou a descer a rua, quando estou no meu escritório ou quando estou a fazer compras. Ajuda-me a materializar aquilo em que estou a pensar.

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Isso faz-me parecer louca. Pessoas malucas falam sozinhas, certo? Elas conversam com as vozes dentro das suas cabeças. Se estás a falar sozinha, todos pensam que és uma doente mental.

Tenho a certeza que muitas pessoas já me viram nas ruas de Lisboa e pensaram, “As drogas fizeram-lhe mesmo mal”.

Falares para ti mesmo, pelos visto, é um sinal de um génio.

As pessoas mais inteligentes no mundo falam sozinhas. Vejam os monólogos das mentes mais brilhantes. Vejam a poesia! Vejam a história!

Albert Einstein falava sozinho. Ele costumava repetir as suas frases para si mesmo em voz baixa.

Estão a ver? Não estou sozinha, e não sou completamente desvairada. Sou simplesmente muito esperta. Ha!

Falar para ti mesmo faz com que o teu cérebro trabalhe mais depressa.
Num estudo reportado pelos psicólogos Daniel Swigley e Gary Lupya, eles afirmam que falares para ti mesmo é actualmente muito benéfico.

Somos todos culpados disso, né? Mais vale celebrarmos e percebermos os benefícios.

Dizer as coisas para ti mesmo desperta a memória. Solidifica o objectivo final e torna-o mais tangível.

Falar para ti mesmo ajuda-te quando sabes o que precisas.
Se quiseres encontrar alguma coisa, dizer o nome do objecto em voz alta ajuda-te a encontrá-lo apenas quando estás familiarizado com a sua aparência.

Tens que saber do que é que estás à procura; caso contrário, vais apenas confundir-te. Segundo Lupyan:

Falares para ti mesmo nem sempre te ajuda — se não souberes como é que um objecto realmente se parece, dizer o seu nome pode não ter nenhum efeito ou atrasar-te em encontrá-lo.

Noutras palavras, não podes encontrar sentido em algo sem saberes com o que é que estás a lidar. Se souberes o que precisas e repetires o seu nome para ti mesmo, vais aumentar as tuas hipóteses de o descobrires.

Enquanto criança aprendeste falando para ti mesmo.
Bebés aprendem a falar ouvindo os crescidos e imitando o que eles dizem. Falar tem tudo a ver com prática.

Precisamos ouvir as nossas vozes para aprendermos a usá-las.

Um discurso auto-dirigido pode guiar-nos na direcção certa para os nossos problemas. Falando para nós mesmo estamos a concentrar-nos na tarefa que temos em mãos.

Falares para ti mesmo ajuda-te a organizares os pensamentos.
O que mais me ajuda quando falo para mim mesma é que sou capaz de organizar as inúmeras ideias que correm pelo meu cérebro.

Ouvir os meus problemas acalma-me. Estou a ser a minha própria terapeuta: a minha voz exterior está a ajudar o meu eu interior a resolver os seus problemas.

Segunda a psicologista Linda Sapadin, falares em voz alta para ti mesmo ajuda-te a validares importantes e difíceis decisões. Todos sabemos que a melhor forma de resolvermos um problema é falando sobre ele. Uma vez que é o teu problema, porque não falas contigo mesmo?

Falares para ti mesmo ajuda-te a atingires os teus objectivos.
Fazer uma lista de objectivos e decidir atingi-los pode ser muito difícil de fazer. Pode até ser devastador.

Ires falando para ti mesmo durante esses objectivos é uma forma muito mais eficaz para os atingires. Se te acompanhares durante o processo, cada passo irá parecer menos difícil e muito mais conciso.

As coisas vão começar a parecer mais realizáveis, e tu ficarás menos apreensivo em mergulhares nos teus problemas.

Falares para ti mesmo significa que és auto-confiante. Tal como Albert Einstein, pessoas que falam para elas mesmo são altamente competentes e contam com elas próprias para descobrirem o que precisam.

Nós “pessoas malucas” somos as mais eficientes e inteligentes da multidão. Nós tomamos tempo para ouvir as nossas vozes internas, em voz alta e orgulhosa!

Fonte: Artigo escrito por Patricia Lemos em Coffee Break

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