Instalou-se a guerra nos bastidores do Vaticano!

A guerra está instalada nos bastidores do Vaticano. Francisco é dos papas mais populares e acarinhados do mundo, mas também ódios cada vez mais difíceis de esconder.

O Papa Francisco é um dos Papas mais populares e acarinhados de sempre pelo povo devoto, mas na cúpula eclesiástica motiva ódios, e um grupo de cardeais acusa-o mesmo de “ensinamentos heréticos”. Com tudo isto o que irá acontecer na Igreja Católica?

“Quem sou eu para julgar?”, disse repetidas vezes o Papa Francisco, referindo-se primeiramente aos homossexuais e posteriormente em relação a quase todos os temas polémicos para a Igreja, nomeadamente a contracepção, o aborto, o divórcio e até mesmo a eutanásia.

A pergunta, por si só, é considerada ofensiva por muitos influentes membros com poderes no Conclave, mas o Papa Francisco prefere citar o Evangelho (Mateus, VII: 1-2): “Não julgueis para não serdes julgados”, pois para Francisco, um cristão não deve apontar o dedo seja a quem for, mas sim estender a mão para os ajudar a levantar.

A sua postura ao renunciar a vários luxos e à pompa excessiva em torno do cargo, assim como a sua interpretação do que deve ser um Papa, “sou apenas mais um bispo”, geraram, desde o início, conflitos de interesses e murmurinhos. Como assim um Papa que conduz um carro pequeno, que carrega as suas malas, que paga a conta do hotel, que agarra num telefone e fala diretamente com as pessoas? Um Papa tão acarinhado por todos e tão odiado pelos seus pares, seria praticamente impossível de imaginar uma situação destas.

As primeiras acusações públicas contra o Papa Francisco foram crescendo de tom ao longo do último ano e ganharam nova força quando surgiram numa carta aberta divulgada em setembro do ano passado. Mais de cinquenta católicos descontentes, entre eles um cardeal, um bispo e o antigo diretor do banco do Vaticano, acusam o Papa Francisco de sete posições heréticas.

Ao Guardian, um “proeminente clérigo” que também assinou a carta, confessou mesmo: “Mal podemos esperar que ele morra. É impublicável o que dizemos dele em privado”. É isto que podemos esperar de quem se diz crente e integra os cargos da Igreja Católica?

Este dito “proeminente clérigo” devia medir as suas palavras e pagar pois tais pensamentos e atrevimento por permitir tal publicação, uma verdadeira afronta, indigna de quem se diz cristão. São estes valores distorcidos que nos últimos anos tinham afastado os crentes, mas com a chegada do Papa Francisco, veio a unificação dos povos e isso sim é que os deve ter deixado furiosos, pois o Papa conseguiu o impensável.

O Papa defende o encontro com todas as pessoas e não apenas as “justas”, para chegar aos que estão longe, aos “marginalizados” e oferecer-lhes a salvação. Esta é a atitude que melhor segue os ensinamentos de Jesus, considera, admitindo que alguns reagem mal a “esta Igreja, que quer ir ao encontro de quem sofre”, para superar preconceitos, “sem sentir-se perfeita”.

O Papa não se pronunciou sobre estas acusações de forma explícita e é mesmo improvável que o faça.

Talvez seja essa a vontade última de Francisco, o Papa que se atreveu a reconhecer não ter todas as respostas para os problemas do mundo e, em busca de uma Igreja mais justa e misericordiosa, ousa questionar o seu próprio papel.

Um Papa que, apesar de todas estas adversidades, se mantém firme no caráter e que arrasta multidões consigo por ser simplesmente quem é, um ser humano grandioso, mas simples e que respeita as pessoas pelo que são e não pelo que possuem.

Viva o Papa Francisco!


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